segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Garganta

Na época de mamãe e papai, as pessoas que falavam que faziam e aconteciam eram gargantas. Para malandragem era falador e na comunidade kaôzeiro! No fim, todos denunciam um só cidadão: aquele que fala demais e não faz quase nada.
Além do famigerado falador, existe o indivíduo que simula, se faz, finge. Esse não precisa de grandes explicações né? Bota aquela banca de politicamente correto e não passa de um sujeitinho cheio de sórdidas manias, ou vice-versa. Não assume suas verdadeira tendências. FAZ TIPO!
Agora quando esses dois se juntam em um ser só...chega a dar pena. É o FF (falador fingidor).
Por quê?
Eu não sei.
Como explicar a necessidade de se mostrar entendido da vida e do mundo e dos relacionamentos, quando na verdade não entende porra nenhuma. Como explicar o desejo de contrariar e depois posar de boa pessoa. Como explicar encher as fuças para dizer que respeita tais coisas e pessoas e descaradamente estar desrespeitando outras.
Já dizia o saudosissímo Renato Russo "toda dor vem do desejo de não sentirmos dor".
Todo fingimento vem do desejo de não fingir mais, de se aceitar. Isso é que dá pena.
Eu não entendo simulação, ou contação de histórias...até porque uma hora a pessoa esquece, dá uma vacilada e já era, a identidade verdadeira de FF aparece e todo mundo percebe.
Geralmente, essa qualidade (ou não) de ser humano anda com gente explanada, para passar mais verdade nos fingimentos, só que essas pessoas não tem papas na língua de verdade e o outro quer botar a banca de FF e é desmaracado pelos próprios amigos. Conheço VÁRIAS pessoas assim!
E de boa, não me orgulho delas. Ao contrário elas me cansam.
Aquela velha máxima, quem é de verdade sabe quem é de mentira. E mentira tem perna curta e a minha é longa demaissssssssss, logo, para me acompanhar precisa ter fôlego.


Uma hastag para o fim do fingimento, para que se assumam quem são. #forafalador #chegadefingimento

"Ultima chance
Tu queria ser do jeito que eu sou
Mas tu não aguenta carregar minha dor
Tu queria ir nos lugares que eu vou
Mas, aonde eu ando não anda falador"

Nenhum comentário:

Postar um comentário