quinta-feira, 21 de maio de 2015

C'est la vie

Hoje em dia eu acho muito perigoso postar no facebook. Você pode se expressar bem e ser alvo de haters. Você pode não se expressar bem e se tornar uma hater...entrei em uma rotina que escrevo, leio e penso: qual a relevância disso? E apago. Estou a duras penas pensando que nem tudo que é interessante para mim pode ser interessante para os outros...posso estar pecando pelo medo também...aquilo de: você pode atingir quem não espera e aquilo causar um sorriso, um pensamento, uma esperança em alguém que você pode nem imaginar...sim. Mas continuo no medo por enquanto...posto só minhas fotos e musiquinhas mesmo...quando eu achar algo realmente relevante e se eu sentir no meu coração que eu preciso postar aquilo, eu faço...por enquanto vou ficar por aqui mesmo...ninguém lê, mas ao mesmo tempo eu me expresso. Talvez um dia em alguma busca do google apareça um conteúdo que está aqui e desperte aquele sorriso, aquele pensamento, aquela esperança em alguém...a vida dá seu jeito.

Hoje tenho mais orgulho de mim porque escuto mais, leio mais, abro mais minha cabeça, tento entender um pouco mais...vejo que hoje quase aos 32 amadureço diariamente mais do que em toda a minha vida antes dos 30. Mas isso tudo também me deixa nervosa pela sensação de: cara, perdi muito tempo acreditando e repetindo o que me diziam sem analisar criticamente nada ... o que eu faço agora? Como recuperar o tempo perdido? Como mudar? Como ajudar a mudar todos os outros que ainda estão amadurecendo ou até os que ainda nem sabem o que é isso do auge de seus 30 e poucos (ou muitos) e os que não querem mesmo... eu fico perdidaça...sem saber a resposta. Sem entender porque isso só me aconteceu agora...por quê aos 20 eu não pensava assim? Ainda tenho tempo? Ainda tem algo a mudar? Aí dá um desânimo e uma tristeza...eu sento em uma mesa de bar para conversar e 90% das pessoas tem ideias contrarias às minhas, mas eu as amo. São meus amigos, sãos meus parentes. Não posso odiá-los por isso. E talvez eles não passaram por essa fase de se enxergar, de ter noção do que você é...ou simplesmente não concordam comigo e ponto! E eu não tenho que convencer eles de nada...li que o ato de convencer é uma falta de respeito, uma tentativa de colonização do outro. Cada um chega ao seu momento no seu tempo ou talvez nem cheguem ... o que eu faço? O que eu quero fazer?
Quero respeitar os que pensam diferente, mas também quero achar cada vez mais gente que pensa igual e sentar com elas e conversar bastante...e talvez com eles procurar onde podemos agir, onde podemos empreender nossas forças e argumentos a favor do outro, de uma causa, agir efetivamente, colocar a mão na massa. E também quero passar para os meus filhos, meus sobrinhos, filhos de amigos, de parentes isso que eu enxergo hoje...só hoje...pensar em todo mundo, se colocar no lugar do outro, ser legal mesmo quando não forem, olhar ambos os lados de uma questão, pensar em que mundo vamos deixar para o próximo, essas coisas...talvez seja a melhor contribuição que eu possa dar para o mundo e se ninguém quiser me ouvir eu quero continuar tentando, mas de forma mais sútil, tentando fazer feliz talvez...deixar alguém feliz já deve ser alguma coisa né? Dentro de tudo isso que vivo e sei hoje, talvez um exemplo de "pensar no outro", "fazer feliz" ... não sei ... pode ser melhor combustível do que uma militância ou um ativismo...você atinge aos poucos e a longo prazo, mas a semente está ali... o resto a vida se encarrega.

Seja útil para alguém foi a frase que veio no meu ctrl+c...achei pertinente!

2 comentários:

  1. "E eu não tenho que convencer eles de nada." Aí você chega onde cheguei e pergunta: Posso fazer uma sugestão? Se você quiser usar, ótimo. Se não, jogue no lixo. Que tal não tentar convencer ninguém de nada e sim tentar que os outros te convençam? Quando conversar com alguém que discorda de você (e sejamos honestas aqui, sabemos quem são e quando irão), antes de dizer a tua opinião, vá até o final tentando entender onde, quando e porque aquela pessoa pensa daquele jeito. Depois que fizer isso, aí sim, pese se a sua opinião merece ser debatida ou se aquilo que a outra pessoa pensa está enraizado de tal forma que não será você que fará diferença. De toda forma, você terá seu crescimento pessoal garantido! E o outro... O outro só irá crescer se quiser. A você não é exigido que o obrigue.
    Em tempo: Li, reli e só não apaguei também por que você me desafiou lá no começo. ;)

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